PROCEDIMENTOS REPARADORES

CORREÇÃO DE CICATRIZ | QUELOIDES

Sobre o procedimento

Toda a cicatriz é resultado de um grande número de fatores, como cor e tipo de pele, idade, localização da cicatriz, doenças prévias, hereditariedade, deficiências nutricionais (proteicas, vitaminas, minerais), entre outros fatores.

A Correção de Cicatriz é a cirurgia plástica realizada para reparar uma cicatriz inestética em qualquer parte do corpo; pode ser realizada após uma cirurgia prévia ou em caso de traumas e acidentes. É indicada em casos de cicatriz alargada, queloides, cicatriz hipertrófica, contraturas cicatriciais, reações a pontos internos, cicatrizes irregulares, cicatrizes discrômicas e aderências cicatriciais.

Sobre o Procedimento

Como decorrência de um procedimento cirúrgico sempre advirá uma cicatriz de caráter permanente. É importante que o paciente saiba que a cicatriz passa por algumas fases até se tornar madura e que as alterações de cores e de espessura da cicatriz, muitas vezes, são parte do processo normal da cicatrização.

  • Período Imediato: vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível. Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo. 
  • Período Mediato: vai do 30º dia até o 12º mês. Neste período há o espessamento natural da cicatriz, bem como se inicia uma mudança de cor, passando para mais escuro (do vermelho para o marrom) que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural da cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais. Alguns casos, nesta fase, apresentam uma discreta reação aos pontos, necessitando, às vezes, da retirada pelo cirurgião.
  • Período Tardio: vai do 12º ao 18º mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente, atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia, no tocante à cicatriz, deverá ser feita após este período.

  • Cicatriz hipertrófica: não ultrapassa as margens da lesão e ocorre a diminuição da espessura ao longo de 2 anos.

  • Queloide: ultrapassa as margens da lesão e não ocorre a diminuição da espessura ao longo de 2 anos.

Certos pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao queloide. Essa tendência poderá ser avaliada, até certo ponto, durante a consulta inicial, quando lhe são feitas uma série de perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como a análise das características familiares. 

Geralmente pessoas de pele clara não tendem a esta complicação cicatricial; pessoas de pele escura e de descendência asiática têm maior predisposição ao queloide ou à cicatriz hipertrófica. Entretanto, esta não é uma regra absoluta. É possível que seu organismo desenvolva cicatriz hipertrófica ou queloide mesmo sendo paciente de pele clara ou mesmo que em cirurgia prévia anterior não tenha ocorrido tal alteração cicatricial. O comportamento e evolução da cicatriz depende do organismo de cada paciente, por isso tais alterações podem ocorrer mesmo após uma cirurgia de correção da cicatriz.

Na época adequada, vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar cicatrizes inestéticas (como a ressecção da cicatriz prévia em nova cirurgia e betaterapia). Não se deve confundir, entretanto, com a evolução natural do período mediato da cicatrização.

Em caso de cicatriz hipertrófica e queloide, após a cirurgia de correção da cicatriz, poderá ser indicado tratamentos adjuvantes como injeção de corticoide, adesivos com corticoide e betaterapia.

Qualquer dúvida a respeito da sua evolução cicatricial deverá ser esclarecida com o seu cirurgião, que fará a avaliação do estado em que se encontra a cicatriz. 

O tipo de anestesia é definido na consulta pré-anestésica, em comum acordo entre paciente e anestesista, a depender da idade do paciente, do tamanho e localização da cicatriz. São possíveis as seguintes técnicas:

  • Anestesia local; 
  • Local com sedação;
  • Anestesia geral.

Em média de 30 minutos a 1h30minutos. 

O tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. 

Geralmente 12 horas, quando a correção de cicatriz não é associada a outra cirurgia.

Após a correção da cicatriz utilizamos micropore estéril sobre a nova cicatriz ou cola cirúrgica. Quando for indicada a utilização de cola cirúrgica, esta é removida no consultório médico na retirada dos pontos, salvo se o organismo do paciente apresentar alergia ao material e se mostrar necessária a retirada antecipada da cola.Pode ser necessário que o paciente utilize malha cirúrgica ou sutiã no pós-operatório, dependendo da localização da cicatriz.

Sobretudo, qualquer reação alérgica aos curativos deve ser imediatamente comunicada ao Dr. Diego Rovaris.

Geralmente não existem pontos externos. Quando estes forem utilizados, são retirados entre 7 e 21 dias de pós-operatório, a depender da localização da cicatriz.

Toda cirurgia envolve algum tipo de risco à saúde. Entretanto, este risco varia conforme o tipo de cirurgia; as condições clínicas pré-cirúrgicas do paciente; as características individuais; predisposições hereditárias (de nascença); o tempo de duração da cirurgia e o tipo de anestesia realizada.

O fumo, o uso de anticoncepcional oral e hormônios, bem como o consumo de drogas lícitas e ilícitas, álcool e o uso de substâncias e medicamentos não informados ao cirurgião, podem desencadear complicações durante e após a cirurgia, aumentando o seu risco.

Existe a possibilidade, ainda que remota, de ocorrerem complicações leves, moderadas ou graves, tais como: abertura de pontos, sangramento, infecção, tromboses venosas profundas, embolias pulmonares, infartos, arritmias cardíacas, derrames, isquemias cerebrais e, mais raramente, óbito (morte).

A melhora a ser obtida será baseada na situação inicial pré-operatória individual, e não em comparação a outros pacientes ou um eventual padrão de beleza.

Nas correções de cicatriz há risco de cicatriz inestética e permanência da cicatriz com características semelhantes ou até mais aparentes que a anterior, a qual motivou a cirurgia (cicatrizes alargadas, hipertróficas, queloides, etc.). Pode haver necessidade de nova cirurgia, injeções locais com corticoide ou betaterapia para tratamento do queloide.

  • Sempre lavar as mãos antes de tocar nas cicatrizes;
  • Obedecer e seguir a receita médica entregue na alta hospitalar;
  • Movimente várias vezes os pés e as pernas. A cada 2 horas deitada, caminhe 10 minutos. Aconselhável o uso de meia elástica durante 30 dias após a cirurgia, como medida preventiva à trombose profunda e embolia;
  • Obedeça às instruções dadas por ocasião da alta hospitalar sobre a movimentação dos membros superiores ou massagens. Massagem nas cicatrizes será instruída após 21 dias;
  • Utilizar cremes/óleos recomendados pelo Dr. Diego Rovaris após a retirada dos pontos (rosa mosqueta/biooil);
  • Não dirigir carro e moto antes da liberação médica;
  • Não realizar atividade física (academia) antes da liberação médica;
  • Fita de micropore ou cola cirúrgica estarão protegendo as cicatrizes. Não retirar as fitas de micropore ou a cola cirúrgica. Após o banho, passar sobre elas álcool 70% com uma gaze. Evite molhar o curativo por 48 horas da cirurgia. Não usar algodão ou papel para higienizar a cicatriz. Mantenha sempre limpo e seco o curativo;
  • Não expor a cicatriz ao sol por no mínimo 18 meses. A exposição ao sol gera o escurecimento da cicatriz. Usar protetor solar FPS 60 após a retirada dos pontos;
  • Qualquer aparecimento de espinhas, alergia ou vermelhidão deve informar imediatamente ao médico;
  • Evitar ganho de peso que poderá prejudicar a sua cirurgia e as cicatrizes;
  • Cicatriz abdominal: postura em decúbito dorsal (deitada de costas), deve-se utilizar a cabeceira elevada a 30º graus (2 travesseiros), com joelhos dobrados e pernas ligeiramente elevadas (posição de fowler). Utilize 2 travesseiros embaixo dos joelhos, para não forçar a cicatriz. Não deitar de barriga para baixo por 45 dias. Se for deitar de lado, tomar cuidado para manter os joelhos dobrados e as pernas flexionadas. Na postura de pé, parada ou andando, inclinar o tronco para a frente em torno de 15º graus, por 21 dias; manter passos curtos ao caminhar. Levantar com ajuda e cuidado por 21 dias. Usar cinta modeladora de modo ininterrupto, tirando somente para o banho, por pelo menos 45 dias. Relação sexual: após 30 dias, evitando pressão sobre o abdômen por 90 dias;
  • Cicatriz na mama: ao deitar-se, manter a postura em decúbito dorsal (deitar-se de costas), com a cabeça elevada a 30º graus (2 travesseiros). Não deitar de lado e de barriga para baixo por 60 dias. Levantar com ajuda e cuidado por 21 dias. Não elevar os braços acima do nível dos ombros por no mínimo 30 dias. Evitar peso nos braços por 90 dias. Usar sutiã modelador de modo ininterrupto, tirando somente para o banho, por pelo menos 90 dias. Usar sempre roupas de abertura frontal até a retirada total dos pontos. Relação sexual: após 30 dias, evitando pressão sobre as mamas por 60 dias;
  • Alimentação: priorize uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes. Não ingerir frutos do mar, camarão, carne de porco, pimenta, shoyo, gorduras, frituras e alimentos condimentados;
  • Caso você tenha animal de estimação em casa (cão ou gato), evite contato direto com eles nos primeiros 20 dias de pós-operatório e, em hipótese alguma os deixe subir em seu leito. O contato com qualquer tipo de secreção (especialmente a saliva de cães e gatos) pode elevar o risco de contrair uma infecção com consequências potencialmente sérias;
  • Voltar ao consultório para acompanhamento e curativos, nos dias e horários estipulados;
  • Tire com seu cirurgião plástico, e somente com ele, eventuais dúvidas;
  • É importante ter em mente que o bom resultado final de sua cirurgia também depende de você.